Adaptação José Luiz Mendes Gomes
O topógrafo andava de saco cheio da vida de “gamela”. Sempre enfiado no meio do mato, nivelamento, contra-nivelamento, trabalho sob sol e chuva, fechamento de medição que sempre dava problema, esporro do gerente, malandragem dos auxiliares… E quando terminavam as obras? Não saber pra onde ia ser transferido? Sentia-se tal e qual um saco de batatas. Começou a jogar sistematicamente na loteria e não é que tempos depois foi premiado? Agora sim! Não iria ter que cumprir horário, agüentar torração de saco… Começou a nova vida indo à um banco para abrir uma conta. Entrou calmamente, dirigiu-se à fila do caixa e quando chegou sua vez, vociferou para a gentil atendente:
_ Quero abrir uma porra de uma conta nesta merda de banco!!!
_ Como, cavalheiro? – responde, surpresa, a funcionária.
_ Já disse, cacete! Quero abrir uma porra de uma conta nesta merda de banco!
_ Cavalheiro, neste local, nós damos e exigimos respeito.
_ Vamos parar de blá,blá,blá e abrir logo uma porra de uma conta nesta merda de banco?
_ Pois eu vou chamar o gerente e ele vai ensiná-lo a portar-se num ambiente de trabalho e respeito.
Imediatamente o gerente é chamado e fica frente a frente com o grosseirão. Do alto de sua pose de autoridade máxima naquela agência bancária, o gerente pergunta-lhe:
_ Mas, o que é que está havendo por aqui?
_ Acontece que eu acabei de ganhar R$ 1.000.000,00 na loteria e quero abrir uma porra de uma conta nesta merda de banco!!! Fui claro?
No que prontamente o gerente responde, praticamente gritando:
_ E porquê a vaca deste caixa ainda não providenciou a abertura da porra de uma conta nesta merda de banco???!!!
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A piada e ótima.