( Adaptação de José Luiz Mendes Gomes, baseada em fatos reais da história vencedora do Criminal Lawyers Contest )
O Engenheiro era chegado em fumar charutos, e certa vez sendo responsável pela fiscalização de uma enorme obra, eis que ganha uma caixa com 24 charutos cubanos raríssimos, consta que iguais, somente Fidel Castro teria. Por serem tão raros e caros, resolveu coloca-los no seguro contra fogo, entre outras coisas. Depois de um mês, tendo fumado todos eles e ainda sem ter terminado de pagar o seguro, o Engenheiro entrou com um registro de sinistro contra a companhia seguradora. Nesse registro, o Engenheiro alegou que os charutos haviam sido perdidos em uma série de pequenos incêndios. A companhia de seguros recusou-se a pagar, citando o motivo óbvio: O Engenheiro havia consumido seus charutos de maneira usual.
O Engenheiro processou a companhia… E ganhou. Ao proferir a sentença, o juiz concordou com a companhia que a ação era frívola. Apesar disso, alegou que o Engenheiro tinha posse de uma apólice da companhia, na qual ela garantia que os charutos eram seguráveis; e também que eles estavam segurados contra o fogo, sem definir o que seria fogo aceitável ou inaceitável. E concluía que ela estava obrigada a pagar o seguro.
Em vez de entrar no longo e custoso processo de apelação, a companhia aceitou a sentença e pagou R$ 35.000,00 ao Engenheiro, pela perda de seus charutos raros nos incêndios.
Agora a melhor parte: Depois que o Engenheiro embolsou o cheque, a companhia de seguros o denunciou, e fez com que ele fosse preso por 24 incêndios criminosos. Usando contra o Engenheiro o seu próprio registro de sinistro, como também seu testemunho no processo anterior, ele foi condenado por incendiar intencionalmente propriedade segurada, e foi sentenciado a 24 meses de prisão, além de uma multa de R$ 54.000,00.
MORAL DA HISTÓRIA Cuidado com o que você faz! A outra parte também pode ter um advogado: MELHOR E MAIS ESPERTO!
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