Adaptação José Luiz Mendes Gomes
A mineirinha foi pra cidade grande estudar engenharia e já viu, quando se formou ficou rodando o país junto com as obras e nunca mais “vortô” pra sua cidadezinha de Minas, só que ela nunca esqueceu do “Carzarberto”, seu amiguinho de infância que ela adorava. Carzarberto ficou por lá mesmo, trabalhava numa fazenda cuidando dos animais.
E a Engenheira “vortô” pra cidadezinha, agora uma coroa 6.0, que resolveu procurar Carzarberto, e logo ela percebeu que o amiguinho ainda conservava a “pureza” dos tempos de criança. Até o nome dele ficou gravado e ela só conseguia chama-lo de Carzarberto, como nos tempos de infância. Ela então pediu para que ele a levasse para rever os lugares que eles brincavam, o pasto, a beira da represa…
Então, caminhando pelo pasto, viram um cavalo transando com a égua, e a Engenheira, resolveu dar uma de “purinha” pra acompanhar Carzarberto, e perguntou:
– Carzarberto, o que é aquilo?
– Elis tão casalanu, sô! A égua tá no cio, o cavalo percebeu isso e ta mandanu brasa!
– Mas como e´ que ele sabe que a égua está no cio, Carzarberto?
– Aaaara!!! É co cavalo sente o chero da égua no cio, sô!
Passaram mais adiante e tinha um bode transando com uma cabra, e a Engenheira perguntou de novo e Carzarberto deu a mesma resposta. Mais na frente, lá estava o boi mandando ver na vaca, e ela tornou a perguntar, e sempre a mesma resposta: Que o boi também sentia o cheiro da vaca no cio.
Foi então que a Engenheira perguntou, aparentemente impaciente:
– Carzarberto, se eu perguntar uma coisa pra você, você jura que não vai ficar chateado?
– Craro que não, miga! Ocê podi perguntá!
– Você está com o nariz entupido?
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