Adaptação José Luiz Mendes Gomes
O Arquiteto tinha um sonho, arquiteto pra sonhar é coisa de louco, são devaneios e mais devaneios, bem, o sonho do dito cujo era passar as férias numa praia deserta, onde pudesse caminhar e tomar sol do jeito que veio ao mundo, ou seja, peladão. E foi concretizar o sonho. Em certo dia das férias, lá está o próprio estirado na areia peladão, a praia totalmente deserta. Algum tempo depois, ele vê uma menininha vindo em sua direção, pensou então que poderia ser filha de algum caiçara das proximidades, só deu tempo de cobrir as partes íntimas com o jornal que estava lendo. A menininha chegou até ele e perguntou, apontando:
– O que é que você tem aí debaixo do jornal?
O Arquiteto, todo cuidadoso respondeu:
– Um passarinho!
A garotinha foi embora e o peladão adormeceu. Quando ele acordou, estava num hospital, se contorcendo de dor. A polícia foi até o hospital para interroga-lo e investigar o caso. Quando o delegado lhe perguntou o que havia ocorrido, ele respondeu:
– Eu não sei. Eu estava deitado na praia, uma menininha perguntou sobre minhas partes íntimas e a próxima coisa de que eu sei é que estou aqui.
A polícia foi até o local, na praia, procurou e nada, até que avistou a menininha brincando perto de uma casinha nas redondezas e lhe perguntou:
– O que você fez com o moço que estava deitado lá na praia?
– Com o moço? Nada. Ele estava dormindo aí eu tirei o jornal de cima e comecei a brincar com o passarinho, mas ele cuspiu em mim. Daí eu torci o pescoço dele, quebrei seus ovos e toquei fogo no ninho dele!
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